4 de jun. de 2007

Estudos de Mídia

Por Aline Carvalho

Quando me perguntam o porquê de ter escolhido “Estudos de Mídia”, a resposta nem sempre vem pronta. Inclusive, estar neste curso garante 15 minutos de assunto em qualquer conversa em que o tema seja levantado. Entre uma série de indagações, curiosidades e opiniões – algumas nem sempre tão receptivas assim – a pergunta central é “Mas por que Estudos de Mídia?”
Por que não somos Comunicação, por que a criação de um novo departamento, se é um curso de pós-graduação ou politécnico, qual o nosso mercado de trabalho. São muitas as dúvidas, algumas nem mesmo nós sabemos responder. Independentemente da opinião pessoal de cada um, ou a motivação para estar fazendo este curso, a questão – muitas vezes incompreendida - é que não há uma definição estanque para isso. Tanto em Estudos de Mídia, como em qualquer outro curso que esteja aberto para as tendências do mundo atual, da academia e do próprio mercado de trabalho – ou pelo menos é assim que eu imagino que deveria ser. Vivemos em um mundo onde a cada dia surgem novas tecnologias, conceitos e processos, e a tendência é a de integração de diferentes áreas de conhecimento. É exatamente neste sentido que o curso é pensado.
Acredito na proposta do curso porque propõe uma análise crítica da mídia como um todo, enxergando nos processos comunicativos um sistema integrado e aberto, que a todo o momento se apropria de novas fórmulas e suportes. Ao invés de se prender apenas a problemas referentes a habilitações específicas, a proposta do curso é pensar qual o papel dos meios de comunicação, como funcionam e qual a sua aplicabilidade prática na sociedade. E, dessa forma, produzir, e não simplesmente reproduzir.
Por ser um curso novo uma característica bastante positiva é a proximidade da coordenação e dos professores com os alunos, o que possibilita uma construção coletiva, livre de certos vícios e hierarquias que cursos mais tradicionais costumam ter. E esse diálogo é importante à medida que os alunos são estimulados a pensar novos conteúdos, formas e soluções, o que só tem a acrescentar ao nível de experiência.
Além disso, não acredito que o diploma de um curso defina a perspectiva de trabalho da pessoa. Nada impede que alguém formado em “Estudos de Mídia” seja um ótimo profissional na área de publicidade ou cinema, por exemplo. Primeiro, porque o mercado busca profissionais competentes e criativos, o que vai muito além de um simples certificado acadêmico. Depois, porque que faz a formação é o próprio aluno, buscando outros recursos e especificações, o que só tende a acrescentar na experiência de vida e profissional.

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